segunda-feira, 8 de abril de 2013

Vídeo-aula: Introdução ao Absolutismo Monárquico

Na Idade Média, os reis eram reconhecidos como sagrados. Alguns eram ungidos pela Igreja no ato da coroação. No início da época moderna, reis com essas características continuaram a existir e muitas cerimônias políticas de origem medieval permaneceram quase intactas.

O Estado precisava de um forte aparelho burocrático, isto é, de um corpo de funcionários profissionais, para administrar a nação. O rei delegava o poder a ministros ou o exercia pessoalmente, apoiado nos Conselhos de Estado. O novo monarca moderno tornou-se o senhor de todos os senhores e construiu seu poder com base em um exército permanente e em uma vasta burocracia.

Podemos dizer que, em contraste com a fragmentação política da Idade Média e o frágil poder dos reis, o Estado moderno se caracterizou pela progressiva centralização do poder, pela imposição da justiça, da moeda e legislação reais sobre os senhores, pelo fortalecimento do sistema fiscal e pela militarização da realeza.

O pano de fundo dessa mudança política foi o crescimento do comércio e a consequente ampliação dos recursos das monarquias por meio dos impostos. Outros aspectos também foram decisivos, como a crise da Igreja católica a partir do movimento protestante, que fragilizou o poder dos papas, e a invenção da imprensa, que contribuiu para a formação de quadros burocráticos e para o sistema de comunicação em geral. Mudanças silenciosas que tiveram, porém, enorme repercussão.

Podemos dizer que o absolutismo monárquico foi um processo de centralização política nos reinos europeus, no qual todo o poder se concentrava nas mãos do rei. Na prática, porém, cada reino viveu esse processo de forma particular e com ritmo próprio.

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